
Prezados visitantes e amigos.
Nosso atelier está executando um trabalho de pintura no interior da igreja católica " Nossa Senhora da Lapa" na capital de SP. Estamos sob a coordenação do restaurador Juarez Oliveira.
O Bairro da lapa e anastácio são vizinhos, antigos e conhecidos por abrigar nas primeiras décadas do século passado, muitos imigrantes húngaros.
Eu ( Marta, sócia da Maria Inês), sou descendente de uma destas família e quero dividir com vocês a alegria deste momento.
Trabalhar em igrejas ( independente da denominação a que pertençam) sempre foi um dos objetivos de nosso atelier. Trabalhar e colaborar para a preservação e resgate da história do bairro onde nasci, é uma oportunidade particularmente especial, pois adoro história e tradição.
A igreja está localizada na esquina das ruas Nossa Sra da Lapa e Afonso Sardinha, bem no coração do antigo bairro. Foi fundada em 07/12/1911 e o pároco responsável há 28 anos é Adalton Pereira da Costa.
Abaixo transcrevo um pouco da história que envolve a família Bognar e familiares de inúmeros clientes do nosso atelier e amigos do bairro, como por exemplo família de Vadasz, Deak, Jakus, Molnar, Beres, Kovack,Kiss, Fullop,etc...
Espero que gostem desta pequena homenagem, para relembrarmos deste episódio com orgulho da origem e respeito à história, patrimônio, e luta em busca de ética e ideais de um povo sonhador.
Curiosidade: Húngaros gostam muito de pintura e durante o inverno pintam ao redor das portas, janelas e todo o interior das casas; gostam de animais, flores, bebidas, pimenta, construções e artes em geral; rica culinária , violinos e música alegre.
Nosso atelier está executando um trabalho de pintura no interior da igreja católica " Nossa Senhora da Lapa" na capital de SP. Estamos sob a coordenação do restaurador Juarez Oliveira.
O Bairro da lapa e anastácio são vizinhos, antigos e conhecidos por abrigar nas primeiras décadas do século passado, muitos imigrantes húngaros.
Eu ( Marta, sócia da Maria Inês), sou descendente de uma destas família e quero dividir com vocês a alegria deste momento.
Trabalhar em igrejas ( independente da denominação a que pertençam) sempre foi um dos objetivos de nosso atelier. Trabalhar e colaborar para a preservação e resgate da história do bairro onde nasci, é uma oportunidade particularmente especial, pois adoro história e tradição.
A igreja está localizada na esquina das ruas Nossa Sra da Lapa e Afonso Sardinha, bem no coração do antigo bairro. Foi fundada em 07/12/1911 e o pároco responsável há 28 anos é Adalton Pereira da Costa.
Abaixo transcrevo um pouco da história que envolve a família Bognar e familiares de inúmeros clientes do nosso atelier e amigos do bairro, como por exemplo família de Vadasz, Deak, Jakus, Molnar, Beres, Kovack,Kiss, Fullop,etc...
Espero que gostem desta pequena homenagem, para relembrarmos deste episódio com orgulho da origem e respeito à história, patrimônio, e luta em busca de ética e ideais de um povo sonhador.
Curiosidade: Húngaros gostam muito de pintura e durante o inverno pintam ao redor das portas, janelas e todo o interior das casas; gostam de animais, flores, bebidas, pimenta, construções e artes em geral; rica culinária , violinos e música alegre.
A colônia teve fundamental papel na fundação de todas as igrejas do bairro, católicas ou protestantes.
Com carinho
Marta Lúcia Bognar
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Igreja Católica Apostólica Romana "Santo Estevão" (Vila Anastácio, Fica na rua onde meu pai Bognar Janos nasceu):
Imigrantes húngaros da I. Guerra Mundial - Muitos dos húngaros imigrantes possuíam na Hungria pequenas propriedades, estando ligados ao que hoje se chamaria o “agrobusiness”. Estabeleceram-se no interior do Estado de São Paulo e com seus conhecimentos e espírito empreendedor, depois de algumas dificuldades, conseguiram prosperar. Durante muitos anos, estes imigrantes húngaros viveram com a esperança de um dia voltar para suas terras se estas viessem a pertencer novamente à Hungria. Ensinavam a língua húngara aos seus filhos e netos e guardavam as tradições húngaras em seus lares. Porém, vários fixaram-se na cidade de São Paulo, que naquele momento passava por um desenvolvimento econômico sem precedentes.Foram esses que fundaram em 1926 a Associação Húngara Auxiliadora do Brasil. Ergueram em 1934 a Igreja Católica Apostólica Romana "Santo Estevão" (Vila Anastácio) e a Igreja Calvinista (Lapa) em 1936. Imigrantes entre as duas guerras.Por volta dos anos 1930, entre as duas grandes Guerras Mundiais e devido a ameaça do nazismo, vieram várias famílias de judeus. Eram intelectuais, médicos, advogados, engenheiros, entre outros. Tornaram-se empresários, comerciantes de sucesso, médicos, etc.Um segundo grupo de imigrantes húngaros chegou ao Brasil entre 1920 e 1929, depois da I. Guerra Mundial, proveniente dos territórios desmembrados da Hungria pelo Tratado de Paz de Trianon, estabelecido em 1920 na França (veja Pequena História da Hungria, disponível no site http://www.portalvilaanastacio.com.br/ . A tabela abaixo explica o número oficial relativamente baixo de imigrantes cadastrados como húngaros nos serviços de imigração: os emigrantes que deixavam os territórios desmembrados, viajavam com passaportes de seus novos governos, ou seja: romenos, iugoslavos, tchecoslovacos e austríacos.
Húngaros com passaporte romeno Transilvânia 30.437
Húngaros com passaporte tchecoslovaco Norte da Hungria 518
Húngaros com passaporte iugoslavo Sul da Hungria 16.518
Húngaros com passaporte austríaco Oeste da Hungria 2.742
Húngaros com passaporte húngaro Hungria remanescente 6.501
Total de imigrantes húngaros 56.716
Meus avós eram da Transilvânia e parte da familia deles era da Yuguslávia. Meu pai frequentou a igreja independente Húngara da Lapa que foi fundada com a participação do meu avô. Nunca tive técnica de palco para me apresentar com os grupos de dança folclórica mas mesmo assim, aprendemos a pintar quando crianças e participamos até adultas das atividades culturais que resgatam a história.
Origem do Bairro
O primeiro morador branco da região, hoje conhecida como Lapa, de quem se tem notícia foi o português Domingos Luís, também conhecido como Carvoeiro. Ele e sua esposa dona Ana Camacho eram tidos em alta consideração e como gente de bem na Vila de São Paulo. Chegaram nas terras em 1579 e por lá ficaram alguns poucos anos, seguindo logo para as plagas do Ipiranga. Conta a lenda que ele deixou no local uma imagem de Nossa Senhora. A sesmaria logo passou para as mãos de Gaspar Fernandes e, já nos primeiros anos de 1600, era considerada uma povoação, com o nome de Emboaçava – palavra que vem do tupi e significa "lugar por onde se passa".Os primórdios do bairro nos remetem ao século XVIII, quando a região era dividida em apenas duas grandes fazendas: a do coronel Anastácio de Freitas Trancoso (hoje Vila Anastácio) e o Sitio do Emboaçava. As duas fazendas eram atravessadas pelo Caminho dos Goiases – famosa rota de bandeirantes.Antes disso – séculos antes, nos primórdios da capital – os portugueses se embrenharam pela área que os índios guaianases chamavam de Embuaçava ou Buaçava, nome pelo qual a Lapa ficou conhecida por séculos.Como todos sabemos, a Lapa tem sua parte nobre – o Alto da Lapa – e também a que nasceu entre o rio Tietê e os trilhos da Ferrovia São Paulo Railway – melhor dizendo, a Santos – Jundiaí: a Lapa de Baixo, um pequeno bairro com casas de classe média, muitas industrias e um grande número de armazéns.A mudança do nome aconteceu nos primeiros anos de 1700, por obra do padre paulistano Ângelo Siqueira Ribeiro do Prado, um devoto de Nossa Senhora da Lapa ( santa de devoção portuguesa), quando parte da gleba para erguer um ermida em homenagem à Virgem Santíssima da Lapa. O local ficou conhecido como Fazendinha da Lapa e lentamente foi recebendo mais e mais moradores. A palavra Lapa significa "gruta ou caverna na encosta das montanhas, coberta por uma grande pedra".Como tais terras tinham pouca serventia para os padres, foram trocadas com o coronel Diogo Pinto do Rego por uma fazenda em Cubatão. A imagem da santa também foi carregada para a cidade do litoral, e por um século a capelinha ficou vazia. O tal coronel tinha uma filha, dona Jacinta Angélica de Lara, casada com o coronel Anastácio de Freitas Trancoso. Com o falecimento do sogro, Anastácio passou a administrar a grande área. No auge da grande imigração, 1880, começaram a chegar à Lapa família tirolesas ( do norte da Itália), que se dedicavam ao plantio de frutas e verduras. Em seguida vieram outros italianos ( a maioria da região de Veneza), e também portugueses, espanhóis, franceses e sírio libaneses.Por volta de 1906, com a instalação das oficinas da Estrada de Ferro São Paulo Railway (SPR), operários e técnicos ingleses passearam a residir no bairro, que se encontrava em franco progresso.
A Lapa é considerada um distrito da região oeste de São Paulo. Desenvolveu-se eñtão durante o século XX, inicialmente como região industrial e proletária. É cortado pelas linhas A e B da CPTM, respectivamente ramos da São Paulo Railway e da Estrada de Ferro Sorocabana, que a dividem nas regiões norte (Lapa de Baixo) e sul (Lapa). A área situada a sudoeste da área central (Lapa) é denominada de Alto da Lapa.O Alto da Lapa foi urbanizado pela Cia. City e é horizontal e residencial, formado por imóveis de alto padrão. A Lapa de Baixo continua tendo as características de bairro industrial e proletário. O centro da Lapa é uma área comercial, que nas décadas de 1950 e 1960 constituía um dos principais pólos comerciais da cidade, tendo depois entrado em decadência.Tornou-se distrito, separado de Santa Cecília, em 1910. Em 1948 perdeu parte de seu território para a formação do antigo subdistrito de Vila Madalena (atualmente incorporado ao distrito de Pinheiros). Em 1986, com a redivisão do município em 96 distritos, perdeu a porção mais a oeste de seu território para a criação do distrito de Vila Leopoldina, além de contribuir também com a formação do novo distrito de Alto de Pinheiros, e de transferir o bairro de Vila Charlote para o distrito da Barra Funda.Em 1931 foi instalada na antiga Rua Anastácio, hoje Rua Nossa Senhora da Lapa, uma estação telefônica da antiga Companhia Telefônica Brasileira (CTB) (prefixo 5-0), que atendia a grande parte da Zona Oeste de São Paulo.
Com carinho
Marta Lúcia Bognar
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Igreja Católica Apostólica Romana "Santo Estevão" (Vila Anastácio, Fica na rua onde meu pai Bognar Janos nasceu):
Imigrantes húngaros da I. Guerra Mundial - Muitos dos húngaros imigrantes possuíam na Hungria pequenas propriedades, estando ligados ao que hoje se chamaria o “agrobusiness”. Estabeleceram-se no interior do Estado de São Paulo e com seus conhecimentos e espírito empreendedor, depois de algumas dificuldades, conseguiram prosperar. Durante muitos anos, estes imigrantes húngaros viveram com a esperança de um dia voltar para suas terras se estas viessem a pertencer novamente à Hungria. Ensinavam a língua húngara aos seus filhos e netos e guardavam as tradições húngaras em seus lares. Porém, vários fixaram-se na cidade de São Paulo, que naquele momento passava por um desenvolvimento econômico sem precedentes.Foram esses que fundaram em 1926 a Associação Húngara Auxiliadora do Brasil. Ergueram em 1934 a Igreja Católica Apostólica Romana "Santo Estevão" (Vila Anastácio) e a Igreja Calvinista (Lapa) em 1936. Imigrantes entre as duas guerras.Por volta dos anos 1930, entre as duas grandes Guerras Mundiais e devido a ameaça do nazismo, vieram várias famílias de judeus. Eram intelectuais, médicos, advogados, engenheiros, entre outros. Tornaram-se empresários, comerciantes de sucesso, médicos, etc.Um segundo grupo de imigrantes húngaros chegou ao Brasil entre 1920 e 1929, depois da I. Guerra Mundial, proveniente dos territórios desmembrados da Hungria pelo Tratado de Paz de Trianon, estabelecido em 1920 na França (veja Pequena História da Hungria, disponível no site http://www.portalvilaanastacio.com.br/ . A tabela abaixo explica o número oficial relativamente baixo de imigrantes cadastrados como húngaros nos serviços de imigração: os emigrantes que deixavam os territórios desmembrados, viajavam com passaportes de seus novos governos, ou seja: romenos, iugoslavos, tchecoslovacos e austríacos.
Húngaros com passaporte romeno Transilvânia 30.437
Húngaros com passaporte tchecoslovaco Norte da Hungria 518
Húngaros com passaporte iugoslavo Sul da Hungria 16.518
Húngaros com passaporte austríaco Oeste da Hungria 2.742
Húngaros com passaporte húngaro Hungria remanescente 6.501
Total de imigrantes húngaros 56.716
Meus avós eram da Transilvânia e parte da familia deles era da Yuguslávia. Meu pai frequentou a igreja independente Húngara da Lapa que foi fundada com a participação do meu avô. Nunca tive técnica de palco para me apresentar com os grupos de dança folclórica mas mesmo assim, aprendemos a pintar quando crianças e participamos até adultas das atividades culturais que resgatam a história.
Origem do Bairro
O primeiro morador branco da região, hoje conhecida como Lapa, de quem se tem notícia foi o português Domingos Luís, também conhecido como Carvoeiro. Ele e sua esposa dona Ana Camacho eram tidos em alta consideração e como gente de bem na Vila de São Paulo. Chegaram nas terras em 1579 e por lá ficaram alguns poucos anos, seguindo logo para as plagas do Ipiranga. Conta a lenda que ele deixou no local uma imagem de Nossa Senhora. A sesmaria logo passou para as mãos de Gaspar Fernandes e, já nos primeiros anos de 1600, era considerada uma povoação, com o nome de Emboaçava – palavra que vem do tupi e significa "lugar por onde se passa".Os primórdios do bairro nos remetem ao século XVIII, quando a região era dividida em apenas duas grandes fazendas: a do coronel Anastácio de Freitas Trancoso (hoje Vila Anastácio) e o Sitio do Emboaçava. As duas fazendas eram atravessadas pelo Caminho dos Goiases – famosa rota de bandeirantes.Antes disso – séculos antes, nos primórdios da capital – os portugueses se embrenharam pela área que os índios guaianases chamavam de Embuaçava ou Buaçava, nome pelo qual a Lapa ficou conhecida por séculos.Como todos sabemos, a Lapa tem sua parte nobre – o Alto da Lapa – e também a que nasceu entre o rio Tietê e os trilhos da Ferrovia São Paulo Railway – melhor dizendo, a Santos – Jundiaí: a Lapa de Baixo, um pequeno bairro com casas de classe média, muitas industrias e um grande número de armazéns.A mudança do nome aconteceu nos primeiros anos de 1700, por obra do padre paulistano Ângelo Siqueira Ribeiro do Prado, um devoto de Nossa Senhora da Lapa ( santa de devoção portuguesa), quando parte da gleba para erguer um ermida em homenagem à Virgem Santíssima da Lapa. O local ficou conhecido como Fazendinha da Lapa e lentamente foi recebendo mais e mais moradores. A palavra Lapa significa "gruta ou caverna na encosta das montanhas, coberta por uma grande pedra".Como tais terras tinham pouca serventia para os padres, foram trocadas com o coronel Diogo Pinto do Rego por uma fazenda em Cubatão. A imagem da santa também foi carregada para a cidade do litoral, e por um século a capelinha ficou vazia. O tal coronel tinha uma filha, dona Jacinta Angélica de Lara, casada com o coronel Anastácio de Freitas Trancoso. Com o falecimento do sogro, Anastácio passou a administrar a grande área. No auge da grande imigração, 1880, começaram a chegar à Lapa família tirolesas ( do norte da Itália), que se dedicavam ao plantio de frutas e verduras. Em seguida vieram outros italianos ( a maioria da região de Veneza), e também portugueses, espanhóis, franceses e sírio libaneses.Por volta de 1906, com a instalação das oficinas da Estrada de Ferro São Paulo Railway (SPR), operários e técnicos ingleses passearam a residir no bairro, que se encontrava em franco progresso.
A Lapa é considerada um distrito da região oeste de São Paulo. Desenvolveu-se eñtão durante o século XX, inicialmente como região industrial e proletária. É cortado pelas linhas A e B da CPTM, respectivamente ramos da São Paulo Railway e da Estrada de Ferro Sorocabana, que a dividem nas regiões norte (Lapa de Baixo) e sul (Lapa). A área situada a sudoeste da área central (Lapa) é denominada de Alto da Lapa.O Alto da Lapa foi urbanizado pela Cia. City e é horizontal e residencial, formado por imóveis de alto padrão. A Lapa de Baixo continua tendo as características de bairro industrial e proletário. O centro da Lapa é uma área comercial, que nas décadas de 1950 e 1960 constituía um dos principais pólos comerciais da cidade, tendo depois entrado em decadência.Tornou-se distrito, separado de Santa Cecília, em 1910. Em 1948 perdeu parte de seu território para a formação do antigo subdistrito de Vila Madalena (atualmente incorporado ao distrito de Pinheiros). Em 1986, com a redivisão do município em 96 distritos, perdeu a porção mais a oeste de seu território para a criação do distrito de Vila Leopoldina, além de contribuir também com a formação do novo distrito de Alto de Pinheiros, e de transferir o bairro de Vila Charlote para o distrito da Barra Funda.Em 1931 foi instalada na antiga Rua Anastácio, hoje Rua Nossa Senhora da Lapa, uma estação telefônica da antiga Companhia Telefônica Brasileira (CTB) (prefixo 5-0), que atendia a grande parte da Zona Oeste de São Paulo.
As obras da igreja foram iniciadas pelo Atelier de Juarez Oliveira há 4 anos e a previsão para o término, é de mais 2 anos no mínimo.
Todo mês, postaremos atualizações das obras para que possam acompanhar a evolução dos mesmos.
Até lá!!
Um comentário:
Que prazer em abrir esta página.Tb sou Bognar e lembro das historias e amigos do bairro da Lapa que meus pais sempre visitavam.
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